Por que pensar que a oratória no online é a mesma que no presencial prejudica a sua performance?

Livia Bello

| CEO The Speaker

Muito prazer, meu nome é Lívia Bello, sou CEO e Fundadora da The Speaker, uma empresa que é referência em comunicação e oratória no Brasil.

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Por que pensar que a oratória no online é a mesma que no presencial prejudica a sua performance?

Olá, Speaker! 

Você acredita que as exigências para um evento online são as mesmas de um que aconteceria presencialmente?

Se a resposta for “sim”, pode ser que sua performance esteja sendo prejudicada, afinal, entre uma situação e outra, há diferenças que precisamos considerar. 

Muitas entrevistas, conferências, apresentações, reuniões, aulas, treinamentos, vendas e eventos em geral têm migrado para o online. 

E como fica a oratória no meio disso tudo? As técnicas do presencial também valem para o online?

Sim e não. Há técnicas que são indispensáveis para esses dois contextos. Mas também há outras que você precisa desenvolver e aprimorar para lidar bem com a comunicação digital.

É o que falo neste artigo, vamos lá? 

O que muda no ‘tela a tela’?

Praticamente tudo, Speaker. O fato de existir uma tela entre você e sua audiência impacta significativamente o processo de comunicação. Por que, então, você não deveria mudar a forma como se prepara?

Quem entende que o online tem especificidades dá um passo mais para se adaptar a essa realidade que fará cada vez mais parte do dia a dia de todos os profissionais, independentemente do nicho, cargo ou profissão. 

Há, como eu disse, muitas diferenças a se considerar. Dentro de todas, as que eu considero principais são: 

– A dinâmica não-falada

Um sorriso. Um bocejo. A postura. Gestos. Todos os sinais que sua audiência envia são mais facilmente captáveis no presencial. Igualmente, seus sinais, enquanto comunicador, são melhor assimilados nesse contexto.

Em outras palavras, é mais difícil interpretar a linguagem não-verbal no online. Afinal, o espaço da tela é reduzido, a imagem que vemos e emitimos também o é. Por isso mesmo, pensar em como potencializar essa linguagem é fundamental. 

Como ser expressivo no online? Como alinhar a minha postura? Como me mover numa gravação de vídeo? Para onde olhar? Tudo isso deve constar na sua preparação e planejamento. 

– A interação 

Outra diferença que eu considero CENTRAL é a interação. 

No online, a interação tende a ser muito menor do que no presencial. Presencialmente, grande parte da interação acontece de maneira natural. No online, ela precisa ser encorajada.  

Isso quer dizer que é indispensável planejar maneiras de interagir com a sua audiência em eventos digitais. Felizmente, as múltiplas plataformas online contam com possibilidades eficientes: quizes, chat ao vivo, enquetes, entre outras. 

– O conteúdo

E o conteúdo, pode ser o mesmo no online e no presencial? Não. O online pede situações de exposição de fala mais curtas e esse é um dos motivos pelos quais a adaptação do conteúdo é necessária. 

O digital, por si só, demanda mais assertividade. É um espaço de imediatismos: as pessoas querem consumir informações relevantes de maneira ágil.

Se você estava se preparando para um evento que aconteceria presencialmente, mas mudou para o digital, adaptar o seu conteúdo é um cuidado importante.  

O que NÃO muda no ‘tela a tela’?

No começo dessa nossa conversa, eu disse que há certos parâmetros que não mudam, seja a situação de exposição de fala presencial ou no online. Quais são eles?

– A necessidade de roteirizar

Criar um roteiro para a sua fala é uma estratégia imprescindível tanto no online quanto no presencial. É a maneira que você tem de planejar o conteúdo, aprimorá-lo, priorizar informações e definir sua abordagem.

– A importância da organização do raciocínio

Uma fala organizada implica um raciocínio bem ordenado. E isso não muda, seja no online seja no presencial. Conheça e aplique técnicas de organização de raciocínio. Isso impulsionará a maneira como se comunica. 

– A prática prévia

O presencial exige prática? Sim E o online? Também! Ambos contextos demandam uma prática prévia para que você possa se familiarizar com sua fala, pensar na linguagem não-verbal, nas pausas e em outros aspectos relevantes. 

 

A comunicação digital ainda é algo novo. Estamos reaprendendo a nos comunicar – agora, através de uma tela. Em um vídeo. Em uma call. 

Entender esse novo contexto e, principalmente, conhecer as suas especificidades nos permite uma adaptação mais rápida e otimizada, para uma performance eficiente em quaisquer contextos nos quais tenhamos que nos comunicar. 

Qual é a sua dúvida sobre comunicação digital? 

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