Vício de linguagem

Livia Bello

| CEO The Speaker

Muito prazer, meu nome é Lívia Bello, sou CEO e Fundadora da The Speaker, uma empresa que é referência em comunicação e oratória no Brasil.

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Vício de linguagem

Vícios de linguagem são desvios ou inadequações no uso da língua que podem ocorrer em qualquer nível de fala ou escrita. Eles são caracterizados por expressões, palavras ou construções que fogem às normas gramaticais, causando imprecisão, ambiguidade, ou até mesmo dificuldade na compreensão do que está sendo comunicado.

Esses vícios podem ser bastante comuns em diversos contextos e podem variar de acordo com a região, cultura e faixa etária dos falantes.

Alguns exemplos de vícios de linguagem são:

  1. Cacofonia: Ocorre quando a junção de palavras causa um som desagradável, como repetições de sílabas ou sons semelhantes, prejudicando a fluidez do discurso.

Exemplo: “Os olhos dele estavam brilhantes e intensos, intensos, intensos…”

  1. Pleonasmo vicioso: É o uso desnecessário de palavras ou expressões que não acrescentam informação ao que já foi dito.

Exemplo: “Subir para cima”, “entrar para dentro”, “sair para fora”.

  1. Ambiguidade: Refere-se a frases ou construções que podem ter mais de um significado, tornando a comunicação pouco clara.

Exemplo: “Vi o carro do Pedro com a Luiza.” (Não fica claro se a Luiza estava no carro ou apenas acompanhava o Pedro).

  1. Colisão de pronomes: Ocorre quando há conflito entre pronomes em uma mesma frase, gerando incoerência ou falta de concordância.

Exemplo: “Maria comprou um presente para ela.” (Não fica claro se o presente foi para a própria Maria ou para outra pessoa).

  1. Eufemismo exagerado: É o uso de expressões suavizadas em excesso para evitar termos mais diretos ou considerados rudes.

Exemplo: “Descanse em paz” (em vez de “morreu”), “passar dessa para uma melhor” (em vez de “morrer”).

  1. Clichês: Expressões desgastadas pelo uso excessivo, que podem soar vazias e pouco originais.

Exemplo: “Matar dois coelhos com uma cajadada só.”

  1. Modismos e gírias inadequadas: São expressões informais ou específicas de um determinado grupo que não são apropriadas em todas as situações de comunicação.

Exemplo: “Tá ligado?”, “Mano, fica de boa.”

 

Vícios de linguagem podem ser prejudiciais em contextos mais formais, como na redação de trabalhos acadêmicos, textos profissionais e até mesmo em entrevistas de emprego. Por isso, é importante estar atento e buscar sempre aprimorar a forma como nos comunicamos para garantir uma melhor compreensão e clareza em nossas mensagens.

Vícios de linguagem na oratória

Vícios de linguagem também estão presentes na oratória, que é a arte de falar em público de forma eficiente e persuasiva. Na oratória, os vícios de linguagem podem impactar negativamente a comunicação e prejudicar a eficácia do discurso. Além dos exemplos mencionados anteriormente, há vícios de linguagem específicos que são mais comuns em situações de fala em público. Alguns deles são:

  1. Muletas: São palavras ou expressões repetitivas que o orador utiliza com frequência sem necessidade, podendo tornar o discurso monótono.

Exemplo: “É, sabe, então, tipo assim…”

  1. Encher linguiça: É quando o orador prolonga o discurso com informações irrelevantes ou repetições, com o objetivo de ganhar tempo ou evitar o silêncio.
  2. Fugir do tema: Ocorre quando o orador se desvia do assunto principal, perdendo o foco e a clareza do discurso.
  3. Jargão excessivo: Uso exagerado de termos técnicos ou linguagem muito específica de determinada área, dificultando o entendimento para o público geral.
  4. Monotonia: Falta de variação no tom de voz, tornando a fala pouco envolvente e cansativa para quem ouve.
  5. Desorganização: Apresentar ideias de forma desordenada, sem uma sequência lógica, prejudicando a compreensão do público.
  6. Falar rápido demais ou devagar demais: Uma fala muito acelerada pode dificultar o acompanhamento do público, enquanto uma fala excessivamente lenta pode causar desinteresse.
  7. Gírias e expressões muito informais: Em certas situações, o uso excessivo de gírias e linguagem coloquial pode prejudicar a seriedade e a credibilidade do discurso.

 

Para evitar esses vícios de linguagem na oratória, é importante praticar e se preparar adequadamente antes de falar em público. O orador pode gravar seus discursos, analisar as gravações em busca de vícios, e também pode recorrer a treinamentos de oratória para aprimorar suas habilidades de comunicação. Ter consciência dos vícios e buscar corrigi-los ajuda a tornar a comunicação mais clara, persuasiva e envolvente, garantindo que a mensagem seja transmitida de forma eficiente ao público-alvo.

Como vencer os vícios de linguagem e ter uma boa oratória

Para evitar vícios de linguagem na oratória, é fundamental estar atento e se dedicar a aprimorar sua comunicação verbal. Aqui estão algumas estratégias que podem ajudá-lo a evitar esses vícios e melhorar sua oratória:

  1. Conscientize-se dos seus vícios: O primeiro passo é reconhecer quais são os vícios de linguagem que você costuma cometer. Grave seus discursos ou peça para alguém registrar sua fala e escute atentamente, identificando as palavras ou expressões repetitivas e desnecessárias.
  2. Pratique a dicção e fluência: Trabalhe na clareza da sua fala e na pronúncia das palavras. A prática de exercícios de dicção pode ajudar a evitar tropeços e pausas desconfortáveis durante a fala.
  3. Prepare-se adequadamente: Quanto mais preparado você estiver sobre o assunto que irá abordar, menor será a probabilidade de recorrer a vícios de linguagem para preencher espaços em branco ou desorganizar suas ideias.
  4. Utilize pausas estratégicas: As pausas são poderosas na oratória. Use-as para enfatizar ideias importantes, permitir que a audiência absorva a informação e também para ganhar tempo caso esteja em busca de uma palavra ou ideia específica.
  5. Ensaie e faça simulações: Pratique seus discursos em frente ao espelho, para amigos ou familiares, ou mesmo em grupos de treinamento de oratória. A prática regular ajudará a eliminar vícios de linguagem e a ganhar confiança na sua fala.
  6. Conheça seu público: Adaptar sua linguagem e estilo de fala ao perfil da audiência é essencial para manter a conexão e evitar o uso inadequado de termos técnicos ou gírias, dependendo do contexto.
  7. Busque feedback: Peça a pessoas de confiança que avaliem sua oratória e forneçam feedback honesto. Isso permitirá que você identifique pontos de melhoria e trabalhe em suas fraquezas.
  8. Utilize recursos visuais: Slides, gráficos ou outras representações visuais podem ajudar a complementar sua fala, tornando a apresentação mais envolvente e diminuindo a dependência exclusiva da fala verbal.
  9. Controle o nervosismo: O nervosismo pode aumentar a probabilidade de cometer vícios de linguagem. Pratique técnicas de controle emocional, como respiração profunda e visualização positiva, para se sentir mais seguro ao falar em público.
  10. Tenha paciência e persistência: A oratória é uma habilidade que pode ser desenvolvida com o tempo e a prática. Não se frustre com eventuais deslizes e esteja disposto a melhorar continuamente.

 

Ao adotar essas estratégias, você estará no caminho certo para evitar vícios de linguagem e se tornar um orador mais eficaz, claro e persuasivo em suas apresentações públicas.

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