Olá, Speakers!
A comunicação é o conjunto de vários elementos, tanto verbais como não-verbais, certo?
A linguagem verbal pode ser entendida como o que falamos, ou seja, o conteúdo da nossa apresentação. Já a linguagem não-verbal é aquilo que transmitimos sem usar palavras, seja através da postura, do olhar, das expressões faciais ou dos nossos gestos.
Às vezes, passamos muito tempo focados no conteúdo da nossa apresentação, mas acabamos deixando de lado a comunicação não-verbal. E isso é um grande erro porque uma má postura ou o uso equivocado dos gestos podem prejudicar uma apresentação, ainda que o conteúdo tenha sido interessante e oportuno.
Como as demais faces da oratória, trabalhar a linguagem não-verbal é possível. Existem técnicas que ajudam a melhorar esse aspecto da comunicação e, assim, criar uma harmonia entre uma boa linguagem verbal e não-verbal.
No texto de hoje, decidi abordar um dos parâmetros centrais da linguagem não-verbal: a gesticulação. Fique por dentro das dicas que separei sobre esse assunto!
O que devemos EVITAR ao gesticular durante uma exposição oral?
Em uma apresentação, o grande objetivo do comunicador é fazer com que o público preste atenção no conteúdo que está sendo transmitido.
Por isso, na hora de pensar sobre o que fazer e, principalmente, sobre o que NÃO fazer ao gesticular, é importante saber que, se as pessoas da plateia prestam mais atenção no que o comunicador está fazendo do que no que ele está falando, há um erro de comunicação.
Com isso em mente, os principais hábitos que devemos deixar de lado quando o assunto é gesticular são:
– Gesticular com as mãos em uma altura acima da cabeça ou muito abaixo da cintura: a menos que exista um motivo para isso, ao utilizarmos as mãos para gesticular, é importante manter uma coerência sobre onde fazer isso, nos limitando à área que está entre nosso queixo e nossa cintura.
Assim, evitamos movimentos bruscos e não interrompemos o contato visual com a plateia, que é um fator essencial para uma boa comunicação.
– Falar com as mãos nos bolsos ou com os braços cruzados: o primeiro passo para que as pessoas da plateia achem a sua apresentação interessante é transmitir entusiasmo com o que você, comunicador, está falando. Ao deixar os braços cruzados ou permanecer com as mãos nos bolsos por muito tempo, você passa uma imagem completamente contrária, dando uma sensação de que está entediado com a sua própria apresentação.
Por isso, vale a pena evitar esses pequenos vícios, estando sempre atentos para o fato de que a comunicação não-verbal é muito importante para uma boa apresentação em público.
– Usar a mesma perna de apoio: muitas pessoas têm a mania de usar uma das pernas como apoio, fazendo com que todo o corpo esteja um pouco inclinado para um dos lados. Fazer isso no dia a dia pode ser imperceptível para os demais, mas, durante uma apresentação, não é difícil notar esse comportamento já que o comunicador está em evidência.
É aconselhável evitar esse hábito porque ele, assim como o de permanecer com os braços cruzados ou com as mãos no bolso, transmite sensação de tédio ou de desinteresse com a própria fala.
– Caminhar de um lado para o outro: um dos modelos mais eficazes de apresentação é, hoje, as TEDx (ou TED Talks). Nessas apresentações, que duram 18 minutos, o comunicador geralmente fica no centro do palco e não se locomove excessivamente de um lado para outro.
Nas nossas exposições orais, vale a pena adotar a mesma estratégia e evitar recorrer todo o palco sem que exista um objetivo para isso. Ao adotarmos esse comportamento, além de confundirmos o nosso público, podemos transmitir uma imagem de desorganização e despreparo.
O mais indicado é traçar imaginariamente um pequeno círculo no centro do palco e tentar se locomover apenas dentro desse círculo, realizando movimentos sutis.
– Ombros caídos, corpo curvado: a postura é um dos elementos-chave para uma boa gesticulação. Por isso, um dos erros que mais devemos evitar é adotar uma postura que prejudique nossa imagem pessoal.
Ombros caídos, corpo curvado e cabeça baixa formam um conjunto de hábitos que devem ser evitados. Afinal, essa postura demonstra insegurança e submissão, características que não estão presentes em um bom comunicador.
– Não fazer gesto nenhum: o excesso de gestos é um erro. No entanto, não gesticular também é um grande equívoco. O grande desafio é encontrar um meio-termo e saber encaixar gestos que não desviem a atenção do público.
Os gestos mais indicados durante uma apresentação são rápidos e curtos e devem estar em sintonia com o conteúdo da nossa fala. Na prática, os gestos servem para ressaltar determinada ideia e, por isso, são tão importantes.
Se você não sabe como se comportar durante uma apresentação e sente que não consegue gesticular de uma forma eficiente, vale a pena procurar um curso especializado em oratória. Nesses cursos, você recebe as informações sobre a linguagem verbal e não-verbal e, aos poucos, com treino e dedicação, já conseguirá incorporar todas essas técnicas e agir de forma natural em frente ao público.
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