Como interpretar o ambiente durante uma reunião ou apresentação em público?

Livia Bello

| CEO The Speaker

Muito prazer, meu nome é Lívia Bello, sou CEO e Fundadora da The Speaker, uma empresa que é referência em comunicação e oratória no Brasil.

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Como interpretar o ambiente durante uma reunião ou apresentação em público?

Olá, Speakers! 

Um dos cuidados fundamentais de todo comunicador é dar atenção à reação do público e das pessoas com as quais se dialoga. Em reuniões de trabalho ou apresentações orais, essa atenção deve ser ainda maior porque, ao identificar certos aspectos nos demais, o comunicador tem a possibilidade de decidir como seguirá a sua própria fala. 

Em situações de exposição de fala, compreender sinais (que podem ou não ser sutis), reações e comentários paralelos é um diferencial e pode, até mesmo, ser a chave para que o comunicador alcance seus objetivos durante essa reunião ou apresentação em público. A esse conjunto de informações, chamamos de dinâmica não-falada, o popular “ler nas entrelinhas”. 

Neste artigo, veremos algumas técnicas para identificar a dinâmica que está além das palavras e a importância desse hábito. Confira! 

Qual a importância de compreender a dinâmica não-falada em uma reunião?

A comunicadora Rebecca Knight diz que existem dois tipos de discussões paralelas durante uma situação de exposição de fala, como uma reunião. A primeira delas, mais óbvia, é o que está sendo dito em palavras e abertamente para todos os envolvidos. A segunda, mais sutil, é a que as pessoas expressam através da linguagem não-verbal e em conversas subjacentes à principal. 

A importância de entender a dinâmica não falada e saber ler nas entrelinhas é enorme, especialmente para quem ocupa o lugar central de fala, no caso, o comunicador. Observar a reação das pessoas e os sinais que elas emitem é uma maneira de oferecer a elas um conteúdo realmente eficaz e mudar de ideia caso a abordagem que vem sendo utilizada não seja suficientemente boa. 

Para algumas pessoas, é muito fácil identificar todos os sinais dessa dinâmica paralela. Para outras, no entanto, é uma habilidade que precisa ser estimulada e desenvolvida. Vejamos algumas técnicas para isso nos próximos tópicos.

Seja um bom observador

Muitas vezes, e especialmente em situações de exposição de fala, estamos MUITO focados no que temos a dizer e, seja pelo nervosismo ou pelo entusiasmo, nos esquecemos de prestar atenção aos demais, deixando de observá-los e escutá-los.

Ser um bom observador é uma capacidade que se desenvolve com o tempo e, para captar a dinâmica não falada de um ambiente, é imprescindível. 

Observar o que as pessoas expressam através da linguagem não-verbal é tão importante quanto ouvir o que elas têm a dizer. Ao entrar em uma reunião ou apresentação, faça uma identificação rápida das pessoas e procure captar os sinais que elas enviam.  

Faça pausas conscientes

Como eu disse no tópico anterior, é muito difícil prestar atenção nos demais quando estamos focados na nossa própria fala. Esse foco é inevitável – e aconselhável – enquanto estamos desenvolvendo uma ideia. 

Por isso mesmo, durante a exposição oral (numa apresentação ou reunião), fazer uso de pausas conscientes é uma forma de abrir espaço para reparar nos demais e identificar suas reações.

O uso do silêncio é, inclusive, uma habilidade importantíssima para os comunicadores. Além da função de abrir esse espaço para entender as reações dos outros, também é um modo de dar tempo para que organizemos nosso próprio raciocínio antes de continuar a falar. 

Interprete o que notou ao analisar o ambiente

Não adianta apenas observar os demais, é necessário tentar interpretar a dinâmica não falada através dos sinais que eles emitem. Muitas vezes, alterar a abordagem faz com que a nossa fala seja mais eficaz para determinado grupo de pessoas.

Um bom exemplo é o uso do humor. Quando planejamos uma apresentação, decidimos entre usar ou não o humor como estratégia comunicacional. Uma vez decididos por usar essa ferramenta, é preciso verificar se o público está mesmo aberto a esse tipo de abordagem. Por essa razão, não é indicado começar uma fala com o humor, mas, sim, utilizá-lo se houver, de fato, espaço para isso. 

Sobre essas interpretações, vale lembrar, ainda, que, em muitos casos, as emoções que percebemos não estão diretamente relacionadas a nós mesmos, os comunicadores. Se vamos a uma reunião em um ambiente de trabalho ruim, é provável que, ao analisar a dinâmica não falada, notemos esse tipo de energia. Ter claro que ela não está ligada ao que dizemos é importante para manter a autoconfiança. 

Não tenha medo de falar sobre aquilo que vê

Quando você identificar algumas reações que, sim, têm a ver com o que está acontecendo durante a reunião, não tenha medo em comentar sobre elas, mas prefira fazer isso após o encontro e diretamente com a pessoa.

Vejamos um exemplo. Você, líder de um setor, notou que um dos seus liderados alterou a expressão não-verbal quando abordaram um projeto especifico. Após a reunião, pode conversar com esse profissional e dizer que notou sua preocupação, perguntando os seus motivos. 

Na maioria das vezes, os liderados e colegas veem atitudes assim como uma mostra de liderança e empatia, o que é altamente positivo para o ambiente de trabalho. 

O que fazer e o que NÃO fazer para interpretar o ambiente?

O que fazer:

– Observe o que as pessoas expressam através de suas expressões faciais, sua postura e gestos;

– Procure determinadas reações, mesmo que sutis, como sorrisos “amarelos” ou sobrancelhas levantadas;

– Use as pausas como um momento para observar os demais;

O que NÃO fazer:

– Concentrar-se unicamente na própria fala, deixando de ouvir e ver os outros;

– Permitir ser influenciado por emoções negativas dos outros, mesmo quando elas não têm nada a ver com a reunião;

– Manter a mesma abordagem, mesmo se identificar resistência por parte dos demais;

 

Ao aprimorar as habilidades de comunicação, que incluem a capacidade de ouvir e interpretar os demais, tudo o que vimos neste artigo passa a ser mais natural. Com isso, você será capaz de interpretar as emoções e reações em um ambiente e utilizar essas informações a seu favor, mudando de abordagem ou aplicando estratégias diferentes para se conectar com esse público! 

 

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