Olá, Speakers! Como vocês estão?
Existem diferentes técnicas para aprimorar as nossas apresentações em público, que também podem (e devem) ser aplicadas em outras situações de exposição de fala, como reuniões, discursos ou mesmo nas nossas conversas do dia a dia.
Uma dessas técnicas é a storytelling que, quando bem utilizada, muda significativamente a forma como nos comunicamos, tornando nossa fala mais interessante, expressiva, empática e inspiradora.
“Tudo isso, Livia?” Sim! A storytelling é realmente uma ferramenta poderosa, que, muitas vezes, usamos instintivamente.
Neste artigo, vou falar um pouco mais sobre a storytelling ou, como se costuma dizer por aí, a “arte” de contar uma história. Inspire-se!
O que é a storytelling?
Logo no início do nosso artigo, eu falei sobre a “arte” de contar uma história. Mas será que está correto dizer isso? Bom, se você já ouviu alguém falar sobre o “dom de falar em público”, saiba que o raciocínio é basicamente o mesmo. Tanto o dom de falar em público como a arte de contar uma história são, na verdade, habilidades.
E o que é uma habilidade? Algo que se aprende, que se aprimora, que se pratica… e, assim, se desenvolve. Portanto, a storytelling não é exatamente uma arte, mas uma habilidade, uma técnica. Como tais, pode ser aprimorada.
Depois de esclarecer esse tópico importante, vejamos a definição de storytelling. A storytelling é uma técnica eficaz para persuadir pessoas através de uma história, com personagem e experiências.
Sempre gosto de citar as propagandas publicitárias para esclarecer como a storytelling transforma o modo como nos comunicamos e vendemos uma ideia, um serviço ou um produto. Se paramos para analisar as propagandas que circulam na TV, vamos notar que a maioria usa a storytelling. Marcas como a Coca Cola ou o Boticário, por exemplo, sempre apelam para essa ferramenta.
Ao invés de dizer: “compre o meu refrigerante” ou “compre o meu perfume”, essas marcas contam histórias e mostram como é a vida quando seus produtos estão presentes. E, mais que isso, como essa vida é melhor com eles.
Storytelling também é eficaz em apresentações?
Já vimos os exemplos de storytelling em propagandas, certo? Mas e nas apresentações em público, reuniões ou discursos, como usar essa técnica? Ela é mesmo eficaz? Sim, meus caros Speakers. Oras, nas apresentações em público, reuniões ou discursos, nós, comunicadores, também estamos vendendo algo. Não no sentido estrito da palavra, é verdade, mas no sentido de vender uma ideia e persuadir os demais quanto a ela.
Nas nossas apresentações em público – independente do contexto –, podemos usar a storytelling. Com isso, não depositamos no público um monte de informações soltas ou números, mas fazemos isso através de uma história.
Quando dados e informações são contextualizados através de uma experiência do comunicador ou da história de alguém que esse comunicador conta, as pessoas que escutam tendem a prestar mais atenção, a sentir empatia. Por quê? Porque elas reconhecem a si mesmas nessa história, compartem os sentimentos e entendem o personagem.
Como usar a storytelling em minhas apresentações para inspirar e influenciar pessoas?
Criar um roteiro para a sua apresentação é o primeiro passo. Com ele, você seleciona quais informações são imprescindíveis em relação ao tema abordado, selecionando as que entrarão na sua fala e quais não.
Em seguida, é hora de pensar em como transmitir todas essas informações. E esse momento também é feito através do roteiro. E é aí que você planeja qual história contará e em qual momento. Além disso, define qual é a sua intenção ao contar essa história e qual é a melhor forma de fazer isso para que ela seja, mesmo, inspiradora para o seu público.
Para criar um roteiro e aplicar a técnica da storytelling, vale a pena seguir os passos:
1- Divida a sua apresentação em três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão. Começar a contar a história logo na introdução é uma escolha eficaz, já que é nos primeiros minutos da apresentação que ganhamos ou perdemos a atenção das pessoas. Na conclusão, geralmente o que se faz é dar uma solução à história contada, que pode ser a compra de um produto ou a aplicação de uma ideia, por exemplo.
2- No passo dois, é hora de rever a forma como você pretende apresentar informações e dados concretos. Uma boa técnica é personificar esses dados e informações muito técnicas através de um personagem. É MUITO diferente dizer que X% da população é analfabeta do que contar as dificuldades de alguém que não sabe ler ou escrever e, ao final, dizer que esse alguém faz parte dessa porcentagem. Não é?
As pessoas tendem a se sensibilizar mais quando veem nome e rosto em determinada informação. Além disso, ao ver a história através de alguém, elas podem pensar: “isso também acontece comigo!” e sentir mais empatia.
Storytelling e emotividade
Um dos motivos principais pelos quais a storytelling é TÃO eficaz é, justamente, por trazer emoção à fala. Os grandes discursos da história ficaram conhecidos, sobretudo, pela emoção que transmitiam para as pessoas.
E, seguindo o mesmo raciocínio, as melhores apresentações em público são aquelas que inspiram. Para inspirar, o caminho através da emoção é um dos mais eficientes.
É importante estar atento ao contexto da sua apresentação antes de decidir qual história você irá contar. Lembrando que podemos falar sobre alguém ou sobre as nossas próprias experiências, desde que elas tenham acontecido realmente. Histórias falsas, criadas apenas para cumprir o propósito de preencher uma apresentação, não têm o mesmo efeito. Além de ser desonesto com o seu público, acaba se tornando evidente quando uma história é real e quando não. Pense nisso, ok?
Deu para entender um pouco mais sobre a storytelling e por quê aplicar essa técnica em suas próximas apresentações? Com o tempo – e a prática –, contar uma história vai se tornando cada vez mais fácil e será possível fazer isso de forma naturalizada.
Se tiver dúvidas, fale comigo!