Como usar pausas no discurso ou apresentação?

Livia Bello

| CEO The Speaker

Muito prazer, meu nome é Lívia Bello, sou CEO e Fundadora da The Speaker, uma empresa que é referência em comunicação e oratória no Brasil.

Search

Últimos Posts

Como usar pausas no discurso ou apresentação?

Olá, Speakers! Tudo bem?

Muitas pessoas não sabem – e grande parte das escolas de oratória não enfatiza essa informação –, mas as pausas são elementos essenciais para uma boa apresentação em público e/ou um bom discurso. 

Se usadas corretamente, as pausas (ou silêncios) são estratégias importantes e servem para, entre outras ações, indicar um momento de reflexão, aumentar o grau de emotividade e dar um tempo para que as pessoas assimilem o que foi dito antes de abordar novas informações. 

No post de hoje, vamos falar um pouco sobre as principais funções das pausas em situações de exposição de fala e como utilizá-las em nossas apresentações. Informe-se!

Para que servem as pausas no discurso ou apresentação?

Como dissemos no começo deste post, as pausas (se bem usadas) cumprem papeis importantes. Vejamos alguns deles:

  1. Separam os tópicos da apresentação 

Ao acrescentar um tempo de silêncio após uma fala importante, como a conclusão de um tópico, o que o comunicador está fazendo é informando ao público que virá algo novo e importante no tópico seguinte. 

As pessoas captam essa informação automaticamente e tomam esse tempo de pausa como uma espécie de recreio, um descanso entre o que já foi dito e o que virá. 

Os especialistas explicam que o nosso cérebro tem um limite para o armazenamento de informações em um curto período de tempo. As apresentações em público adotam modelos cada vez mais curtos: as TEDx, por exemplo, são de apenas 18 minutos. 

Quando não há silêncio (que funciona como esse “recreio”), a plateia se cansa e deixará de prestar atenção nos tópicos seguintes. 

Dessa forma, os melhores momentos para inserir as pausas são: 

  1. entre a introdução e o corpo da apresentação
  2. entre cada ponto principal do desenvolvimento
  3. antes da conclusão
  4. Dão um tempo para que nós, comunicadores, possamos organizar nossa fala

Não é só o cérebro das pessoas que estão no público que precisam de um tempinho de silêncio antes de começar a pensar sobre uma nova informação: os dos comunicadores também!

Muitas vezes, o nervosismo ou o entusiasmo fazem com que o comunicador fale velozmente, “atropelando” informações e mesclando dados. Nesse aspecto, as pausas servem para que possamos reencontrar o ritmo de fala, refletindo sobre o que iremos dizer em seguida, organizando a nossa apresentação. 

Ao incluir pausas conscientes nas suas apresentações, você consegue lidar melhor com o nervosismo ou a ansiedade de falar tudo o que planejou e garante um maior equilíbrio e uma performance mais eficaz. 

Como usar as pausas no discurso ou apresentação?

Agora que já sabemos que as pausas também são elementos estratégicos da comunicação, é preciso ter em mente como e quando inseri-las nas nossas apresentações, não é mesmo?

O primeiro passo é diferenciar as pausas planejadas e as pausas não-planejadas. Quando há um branco (lapso de memória), há uma pausa. Mas, nesse caso, por não ser uma pausa intencional, esse silêncio acaba prejudicando a apresentação.

Por outro lado, quando a pausa é intencional, ela é aplicada em um momento chave e cumprirá alguma das funções das quais já falamos nesse post.

O mais importante é nunca nos esquecermos que o público identifica a diferença entre uma pausa intencional e uma não intencional instantaneamente e, dependendo de qual seja, terá uma reação determinada. 

Para usar as pausas na sua apresentação, tome os seguintes cuidados:

  1. Saiba qual é a sua intenção ao utilizar a pausa: obviamente, Speakers, as pausas são recursos que vêm com naturalidade, de modo que não estamos todo o tempo pensando e cronometrando quanto tempo ficaremos em silêncio. Mas é importante sabermos o porquê de usar pausas, para, assim, definirmos em quais momentos elas deverão ser aplicadas.
  2. Use as pausas após falar sobre algo muito importante ou muito emotivo: nesses casos, a pausa servirá para ressaltar a importância e/ou a emotividade do que foi dito, é como se fosse a “cereja do bolo” de um pensamento bem estruturado, compartilhado com as pessoas através das palavras e concluído com o silêncio reflexivo. 
  3. Mantenha o contato visual quando estiver em silêncio: estar em silêncio também é se comunicar. Isso é assim já que a linguagem não-verbal tem um papel importante no que transmitimos aos demais. Portanto, enquanto estiver em silêncio, mantenha o contato visual com as pessoas. Isso fará com a relação de confiança criada entre vocês se intensifique, de modo que a eficácia da pausa intencional seja impulsionada. 
  4. Não preencha o silêncio com ruídos: parece óbvio, mas as pausas são silêncios. No entanto, alguns comunicadores se sentem incomodados por esse silêncio e, sem querer (inconscientemente), tentam preencher essa “lacuna vazia” com algum tipo de ruído. Os mais comuns são os vícios de linguagem, como as manias de falar “éééé”, por exemplo. Não tenha medo de estar em silêncio: já vimos como isso é essencial! 

 

Speakers, é muito importante ressaltar para vocês que falar bem em público é algo que se aprende. Saber aplicar as pausas nos momentos corretos e da forma certa é uma habilidade que se aprimora com prática. 

Durante os treinamentos em oratória, além de aprender como falar em público, também se aprende a estar em silêncio em frente às pessoas, ou, em outras palavras, trabalha-se a capacidade de usar as pausas como estratégias para uma boa comunicação. 

Por isso, se você se sente inseguro sobre como usar as pausas em suas apresentações ou discursos, a melhor forma é procurar um curso e receber as orientações de profissionais capacitados para isso. 

Não se esqueçam: se a palavra é de prata, o silêncio é de ouro! Use pausas em suas apresentações! 

 

Nosso blog

Últimas postagens

Entrevista de Desligamento

Uma entrevista de desligamento pode ser muito mais do que um simples protocolo ao final da jornada de um colaborador. Se bem conduzida, ela é

Ler mais »