Oi, Speaker!
O que é preciso para que as pessoas se comuniquem com mais empatia?
A Comunicação Não Violenta (CNV) se baseia em duas premissas centrais: conseguir falar sem ferir os outros e conseguir ouvir sem se ofender.
Essas duas habilidades são fundamentais em qualquer cenário, mas, no ambiente profissional, têm uma relevância ainda maior. Afinal, o bom rendimento e a boa convivência dependem diretamente da comunicação.
Mas quais são as maneiras de aplicar a CNV no dia a dia e se comunicar de uma forma mais empática? Quem precisa desenvolver essa habilidade?
Vou falar sobre tudo isso (e mais) na nossa conversa de hoje. Siga a leitura!
Comunicação Não Violenta: o que é?
A Comunicação Não Violenta é um conceito desenvolvido pelo psicólogo Marshall B. Rosenberg e, hoje, é aplicado e adaptado em todo o mundo – em diferentes contextos. Esse é um conceito ligado à inteligência emocional.
De acordo com Marshall Rosenberg, A CNV é uma comunicação “baseada em habilidades que fortalecem a capacidade de continuarmos humanos, ainda que em adversidades”. Em outras palavras, é uma das ferramentas para o controle emocional.
O grande desafio proposto pela CNV é se tornar muito mais consciente das nossas ações e, sobretudo, nossas reações diante de alguns desafios, como crimes, embates ou discussões com pessoas que pensam diferente.
Para isso, é imprescindível liberar-se das reações automáticas e repetitivas, tão comuns hoje em dia e nem sempre tão fáceis de serem percebidas. De maneira geral, a Comunicação Não Violenta está na empatia e controle ao nos expressarmos.
E a comunicação violenta, o que seria?
Muitas vezes, é mais fácil entender o que é a CNV observando alguns exemplos do seu oposto, isto é, de uma comunicação violenta. Há certas práticas violentas tão enraizadas nas relações profissionais que pode ser difícil notá-las.
Veja alguns exemplos:
– Estereótipos: criar estereótipos e generalizações é um tipo violento de se comunicar, que reduz um profissional a uma interpretação subjetiva, geralmente, ruim. Quando um líder diz que seu liderado é “incapaz”, o limita.
– Transferência de culpa: crises e problemas acontecem no ambiente corporativo. No entanto, apontar culpados ou adotar a transferência de culpa é um dos sinais mais evidentes de uma comunicação violenta. O ideal é focar sempre na solução.
– Imposição: ser impositivo ao solicitar tarefas, por exemplo, é algo que se encaixa na comunicação violenta e, infelizmente, ainda é comum no ambiente corporativo. “Quero isso”, “Não quero aquilo” são maneiras pouco empáticas de se comunicar.
– Incapacidade de ouvir: transformar a relação em um monólogo é limitar a comunicação. Além disso, não ouvir o outro é uma forma violenta de se relacionar e que, na maioria das vezes, está acompanhada dos outros sinais que vimos aqui.
– Raiva: sentir raiva em determinadas situações pode até ser algo que acontece. Mesmo nesses casos, é preciso manter o controle e não transmitir essa raiva adiante. Xingos ou apontamentos são maneiras violentas de se expressar.
– Apelar à hierarquia: hierarquias existem e todos estão cientes disso. Contudo, é preciso cautela para exercer a liderança. Dizer “eu sou seu superior” ou afins não é a melhor abordagem.
4 passos para praticar a Comunicação Não Violenta
Os passos foram ensinados pelo próprio criador do termo, o psicólogo Rosenberg. Ele apontou os 4 passos para aplicar a CNH em diferentes situações. Pensemos em uma: o atraso em uma entrega, por exemplo.
Você é um líder e tem que lidar com o atraso na entrega ou conclusão de um projeto. Ao se comunicar com os profissionais do setor responsável, poderia aplicar estes 4 passos da CNV:
- OBSERVAÇÃO: o passo inicial consiste em observar a maneira como você se comunica em situações desse tipo e identificar possíveis aspectos pouco empáticos.
- SENTIMENTO: a segunda etapa é similar à primeira. No entanto, aqui, você vai observar a maneira como se sente e reage a essas situações.
- NECESSIDADES: neste passo, é o momento de avaliar suas necessidades. No nosso exemplo, você precisa de mais pontualidade nas entregas.
- PEDIDO: no quarto passo, é hora de agir. Você fará os pedidos relativos às necessidades identificadas no passo 3, mas de uma maneira planejada e empática.
Por que desenvolver a Comunicação Não Violenta?
Você é um líder? Então, precisa aprender formas mais empáticas para se relacionar com seus liderados. Primeiro, para criar relacionamentos mais sólidos e um ambiente mais positivo. Segundo, porque essa é a forma mais eficaz de se comunicar.
Liderança não é algo que uma pessoa impõe aos demais. Essa imposição é muito mais próxima ao conceito de “chefe” do que o de “líder”. O líder não precisa impor respeito, autoridade ou atenção: são elementos que transmite e desperta nos demais.
Você é um liderado? Então, também precisa desenvolver estratégias empáticas para se relacionar, seja com seu líder ou com seus colegas de profissão. Com clientes, inclusive. A comunicação, repito, é o que dá solidez aos relacionamentos profissionais.
Aqui, é preciso ressaltar o seguinte: a comunicação é, hoje, a habilidade mais requisitada e valorizada no ambiente corporativo. Afinal, é uma das soft skills (competências de quem tem inteligência emocional).
Quero desenvolver a CNV: um treinamento em oratória ajuda?
Certamente. Uma das etapas dos treinamentos em oratória é, justamente, o de aprender técnicas e ferramentas de controle emocional. Mais que isso, como transmitir esse controle nos três pilares da oratória:
– A voz
– A linguagem corporal
– A mensagem
Um comunicador de excelência é aquele que se familiariza com as técnicas e teorias sobre comunicação, mas que também vai além disso e adapta sua maneira de se expressar.
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