Defeitos na comunicação: quais são os piores e como evitá-los?

Livia Bello

| CEO The Speaker

Muito prazer, meu nome é Lívia Bello, sou CEO e Fundadora da The Speaker, uma empresa que é referência em comunicação e oratória no Brasil.

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Defeitos na comunicação: quais são os piores e como evitá-los?

Oi, Speaker!

Uma das perguntas mais comuns quando falamos de oratória é: quais são os piores defeitos na comunicação?

É interessante lembrar que, hoje mais do que nunca, as pessoas são julgadas pela forma como se expressam, especialmente no ambiente de trabalho.

O raciocínio é mais ou menos este: alguém que se comunica bem é um profissional qualificado, com controle emocional e capacidade de adaptação. Quem se comunica mal, no entanto, é visto com menor autoridade – por mais técnica que tenha.

Defeitos na comunicação são, na prática, ruídos que prejudicam a maneira como as pessoas se comunicam. É importante conhecer quais são e evitá-los.

Vamos?

1. Uma fala prolixa

Muito se falar sobre “ser prolixo”. Ainda assim, esse é um dos erros mais comuns na comunicação. De maneira geral, ser prolixo é não ter uma fala assertiva, dar muitas voltas antes de chegar ao tema central e poluir a fala com informações desnecessárias.

O dinamismo de hoje pede agilidade, pede que aproveitemos o tempo que temos com a nossa audiência para transmitir uma mensagem de valor, que seja útil e entretenha.

2. Incapacidade de ouvir

Engana-se quem pensa que comunicação é apenas fala. Não é! A ideia de um comunicador como alguém que detém a palavra para si todo o tempo já está ultrapassada. A comunicação tem sido percebida pelo seu viés principal: a troca.

Deixar de ouvir o outro é, portanto, um dos defeitos mais graves na comunicação. Prejudica as interações sociais e também impede que conheçamos o público. Vale lembrar que quanto melhor conhecemos o público, mais certeira é a abordagem.

3. Vícios da fala

Vícios da fala são outro problema recorrente. O mais comum deles é a repetição excessiva de palavras ou expressões: né, tipo, ok, daí, então e tantas outras opções. Desvios na pronúncia também são outros exemplos recorrentes.

O que acontece, na prática, é que esses vícios criam ruídos na comunicação, desviam o foco do conteúdo principal e ferem a imagem do comunicador. Em razão disso, é importante identificar esses vícios e saber como se liberar deles.

4. Comunicação impositiva

Você provavelmente já ouviu o termo Comunicação Não Violenta (CNV), não é? Tem sido um tema bastante debatido hoje em dia, especialmente no digital e no universo corporativo. A comunicação impositiva vai de encontro com a CNV.

Ser impositivo ao se comunicar é impor seus próprios argumentos, deslegitimar opiniões contrárias e ser incapaz de debater ideias.

5. Problemas na expressão vocal

A maneira como você usa a sua voz impacta diretamente a sua comunicação. Por isso mesmo, problemas na expressão vocal também são alguns dos piores defeitos na oratória. Veja alguns exemplos:

– Não variar o tom de voz

– Usar um ritmo de fala muito lento

– Usar um ritmo de fala muito rápido

– Não fazer pausas

6. Problemas na expressão corporal

Assim como acontece na expressão vocal, que você viu no tópico anterior, a expressão corporal faz parte da chamada “dinâmica não-falada”. São mensagens que transmitimos através do corpo e da voz.

A gesticulação inadequada é um dos defeitos recorrentes na comunicação. Isso pode se dar pelo excesso da gesticulação ou pela falta dela. Manter as expressões faciais neutras todo o tempo é outro exemplo de problemas na expressão corporal.

7. Mau uso do humor

O humor é extremamente eficiente, quando usado de forma adequada. Por outro lado, é extremamente prejudicial, se aplicado de uma maneira que não condiz com o perfil do público e com o contexto da comunicação.

É preciso ser muito cuidadoso ao usar o humor. Planejá-lo com antecedência e garantir que ele não seja, de forma alguma, prejudicial a outras pessoas e a si mesmo.

8. Usar uma linguagem “difícil”

Você acha que “falar difícil é falar bem”? Pois, não é. A ideia de que uma fala rebuscada transmite autoridade ficou para trás. O que mais se valoriza, agora, é o poder de adaptação, é transformar o complexo em simples.

Usar uma linguagem difícil, cheia de termos técnicos ou de nicho, apenas te distancia do seu público, o que gera uma antipatia em relação a você e a tudo o que você disser – por mais interessante que seja.

9. Falar excessivamente sobre si

Compartilhar experiências pessoais é um recurso interessante na comunicação e nas apresentações em público especificamente. Ainda assim, é essencial regrar o quanto falamos sobre nós mesmos, já que, em excesso, isso gera antipatia.

Evite comparações entre sua história e a história dos demais. Ouça experiências de terceiros com interesse. Dose o quanto compartilha sobre a sua vida e sobre a sua trajetória.

10. Focar exclusivamente no CTA

Não é exagero dizer que toda situação de exposição de fala tem uma intenção, um objetivo. Pode ser inspirar, incitar a uma decisão, vender, convencer e inúmeras outras opções. Não há nada de errado nisso.

No entanto, quando o foco passa a ser exclusivo ao CTA, há um alerta. O CTA é a Chamada para Ação, isto é, a intenção/objetivo por trás da comunicação. É importante pensar em se conectar realmente com as pessoas ao invés de apenas forçar um CTA.

Me diga: você se identificou com algum ou alguns elementos dessa lista?

Se a resposta for sim, não se preocupe. Encontre estratégias para trabalhar os aspectos que percebeu na sua comunicação e impulsione a forma como se expressa.

Precisa de ajuda nisso? Fale comigo ou com a minha equipe

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