Speaker! Como vai?
Você já ouviu falar sobre o datastorytelling?
Esse termo, muito parecido ao “storytelling”, do qual tanto falamos, tem aparecido com maior frequência, especialmente quando o assunto é como impulsionar apresentações em público no âmbito corporativo.
Por que? A análise estatística e o tratamento de dados são habilidades muito procuradas por empresas, que utilizam índices e números para tomar suas decisões e verificar experiências e rendimentos passados.
O que nem todo mundo sabe é que, além de saber ler os dados, é também imprescindível saber falar sobre eles. E de uma forma acessível e interessante. Nessa etapa, a de expressar números e estatísticas de um jeito envolvente e eficaz, a comunicação é protagonista.
O datastorytelling é uma ferramenta que transforma e impulsiona exposições orais, com conteúdos densos, pautados em números, estatísticas e dados. Se você quer conhecer mais sobre essa técnica, está no lugar certo! Boa leitura!
Entendendo o datastorytelling
Não é por acaso que o termo datastorytelling nos faz lembrar a outro: a storytelling. Essas duas técnicas estão correlacionadas, já que, em suma, o datastorytelling é a aplicação da storytelling em contextos de análise e interpretação de dados. Basicamente, o datastorytelling consiste em contar uma história – e não simplesmente mostrar números, índices, variáveis…
Em exposições orais cujo tema central é a interpretação de dados, essa ferramenta altera significativamente a percepção das pessoas, tornando a análise numérica muito mais acessível e palpável. Estudos apontam que as pessoas têm muitas dificuldades em assimilar e lembrar de dados numéricos, caso esses não estejam associados a um contexto, uma narrativa.
Dessa forma, com o datastorytelling, os números são apresentados através de narrativas, em um contexto próximo à audiência. Com isso, tais dados têm muito mais chance de alterar a percepção das pessoas sobre o que está sendo dito e apresentado pelo comunicador.
Terá que apresentar dados em sua próxima apresentação? Utilize o datastorytelling!
A ideia de que números e histórias não podem coexistir não é apenas retrógrada, como incoerente. Os números e estatísticas são importantíssimos, é fato. Ainda assim, se estiverem descontextualizados, terão um impacto muito menor na audiência, por mais chamativos que sejam.
Isso acontece porque, para que números sejam compreendidos e assimilados pela audiência, o comunicador terá que apresentá-los adequadamente, conseguindo inseri-los em contextos palpáveis e, mais que isso, criando narrativas interessantes e coerentes a partir deles.
Ler, analisar e argumentar com dados são três competências que compõem a chamada “alfabetização de dados” e que impactam positivamente a performance dos profissionais que as utilizam. Para uni-las à inteligência comunicacional, alguns passos se fazem essenciais, a saber:
- Deve-se selecionar quais dados serão abordados na apresentação ou outra situação de exposição de fala. Além disso, assim como se faz com conteúdos verbais, é importante definir qual índice/número/estatística/dado tem maior relevância para o que está sendo dito, garantindo que não se perca em meio ao conteúdo.
- Atente-se para a parte visual: em apresentações com muitos dados – e nas quais números e estatísticas têm um grande protagonismo –, slides podem ser ótimos aliados, desde que planejados e produzidos com cautela. Além de organizar melhor a apresentação desses números, eles significam, ainda, um reforço visual importante.
- Crie narrativas! Utilizar a experiência de algum personagem para contar uma história ou mesmo compartilhar alguma experiência pessoal, se for o caso, são opções interessantes para criar narrativas que possam “abrigar” os números em questão. A informação é muito melhor assimilada se houver um contexto por trás dos números, muito mais tangível e próximo da realidade que possuem.
- Saiba usar os silêncios: a linguagem não-verbal interfere na percepção que a audiência terá do que foi dito. Nas apresentações com alto conteúdo numérico e estatístico, a necessidade de usar bem os silêncios é muito grande. Dar um tempo (consciente) para que o público capte e interiorize o que foi dito, antes de que novos dados sejam apresentados é fundamental para que haja, de fato, uma compreensão total do que foi apresentado na exposição oral.
Este artigo foi útil? Espero que sim! Em sua próxima apresentação, procure aplicar tudo o que vimos aqui. Boa sorte!