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Todos sabemos que, no dia a dia dos arquitetos, elaborar projetos é praticamente uma constante. Por isso mesmo, esses profissionais são treinados e incentivados a inovar sempre, dedicando-se aos projetos de forma intensa.
O que acaba ficando um pouco de lado, especialmente na faculdade, é a apresentação desse projeto. Os arquitetos geralmente não recebem instruções sobre como expor suas ideias e, por isso, podem ser prejudicados na hora de lidar com clientes, chefes, fornecedores e até mesmo colegas de trabalho.
Pensando nisso, na nossa conversa de hoje, decidimos falar sobre os públicos desafiadores de um arquiteto, pensando em formas eficazes para comunicar com eles.
A importância da oratória do dia a dia dos arquitetos
Profissionais dessa área lidam cotidianamente com diferentes públicos, o que torna as apresentações de projetos ainda mais desafiadoras. Por isso mesmo, a importância da oratória para os arquitetos é imensa.
Para alcançar o objetivo de conquistar novos clientes, fidelizar os antigos e entregar um projeto e execução de qualidade, é preciso garantir uma relação assertiva e eficiente entre fornecedores, clientes e prestadores de serviços.
Diante disso, um dos aspectos mais importantes da profissão é, justamente, lidar com pessoas, pois todas carregam consigo expectativas, crenças e diferentes percepções de mundo. O arquiteto constantemente terá que lidar com o estresse, a ansiedade, o medo e a cobrança – dos outros e de si mesmo.
Sabendo disso, é possível elaborar uma estratégia de comunicação mais eficiente e voltada para cada público-alvo. A oratória é uma habilidade, adquirida com dedicação e prática. Na tentativa de orientar essas habilidades para os arquitetos, selecionamos algumas dicas para lidar com os três principais públicos envolvidos na dinâmica e rotina da profissão.
Lidando com os clientes
A maioria dos clientes procura o arquiteto com uma ideia específica em mente, mas nem sempre ela estará alinhada com os princípios e conhecimentos arquitetônicos. Por isso, cabe ao profissional ouvir com atenção e oferecer boas soluções e argumentos para chegar a um equilíbrio entre a proposta inicial e o que é possível executar.
São nas conversas, reuniões e no atendimento que o cliente terá a percepção inicial sobre a capacidade do arquiteto. Por isso, é importante saber se expressar, transmitir a mensagem de forma clara sem muitos jargões técnicos, compreender os anseios, ser sincero e preciso com as preocupações em relação ao projeto, aos prazos e ao orçamento.
Dessa forma, pode-se encontrar uma maneira de exercer o poder de criação e atender às expectativas do cliente ao mesmo tempo, deixando-o satisfeito com o resultado e promovendo uma boa imagem.
Um dos grandes desafios ao lidar com clientes é apresentar projetos de forma clara e concisa. Sabemos que os termos técnicos são importantes, mas o essencial é que o cliente entenda o que você, como arquiteto, está dizendo. Afinal, dificilmente algum cliente concordará com um projeto que ele não entendeu, certo?
Lidando com os fornecedores
É preciso escolher os melhores fornecedores e produtos para atender as demandas dos clientes de forma adequada. Nessa área, a indicação é sempre eficaz para a contratação, pois já vem com um feedback de outros profissionais.
Pensando nisso, é recomendável frequentar feiras e eventos do setor para ter o primeiro contato com diferentes profissionais, pois esses espaços reúnem representantes das melhores marcas no mercado.
Analise a qualidade dos produtos oferecidos. Isso só é possível com muita pesquisa. A dica é procurar primeiro por fornecedores que oferecem o que você precisa e depois orçar quais são os que têm melhores condições e preços. Além disso, observe a flexibilidade oferecida e considere a forma de pagamento.
Depois de escolhê-los, o desafio é manter um bom relacionamento nas negociações e é aí que entra a oratória. Comunicar-se bem com fornecedores em todas as etapas é a chave para criar relações permanentes. Um diferencial é valorizar os fornecedores que se destacam em diversas oportunidades. Pequenos gestos que celebram a parceria também podem ajudar, como o envio de brindes em datas comemorativas, por exemplo.
O importante, aqui, é conversar com fornecedores de forma clara, sem usar muitos termos técnicos específicos da arquitetura. Fale de forma simples e objetiva e terá resultados mais satisfatórios.
Lidando com prestadores de serviços
Alguns problemas recorrentes na rotina de um arquiteto envolvem lidar com serviços mal executados, desperdício de material, atrasos e a falta de comprometimento de alguns membros da equipe. Antes que isso ocorra, é preciso romper as barreiras do escritório e acompanhar a parte prática para melhorar a relação com os prestadores de serviços.
O arquiteto precisa falar a mesma língua que a sua equipe, ser claro, aprender a ouvir e a resolver conflitos de forma pacífica. A presença constante no canteiro de obra, por exemplo, é uma estratégia que funciona para conhecer os profissionais, criar empatia, lidar com os erros, sejam técnicos ou estéticos, e conseguir o resultado esperado.
Legalmente, a fiscalização e execução de obras e serviços, inclusive, faz parte da atribuição do arquiteto e são regulamentados por normas específicas.
Outra estratégia é fidelizar uma equipe própria para garantir o melhor andamento da obra e a qualidade oferecida ao cliente. Assim, a relação entre a prestação de serviço e o arquiteto se torna mais próxima, facilita a comunicação e cria-se um padrão de qualidade e perfil de trabalho.
A boa oratória pode ser uma grande aliada dos arquitetos. Em um nicho onde nem sempre a comunicação tem a atenção que deveria, investir nessas habilidades é um grande diferencial, especialmente em tempos como hoje, quando o mercado está cada dia mais competitivo.