Olá, Speaker!
Tipo, você sabe o que são os, ééé, chamados “vícios da fala”, né? Achou estranha essa frase? É porque ela está poluída com alguns exemplos de vícios de linguagem ou vícios da fala.
Quando estamos em uma situação de exposição de fala – uma reunião, uma entrevista de emprego, uma apresentação em público, um discurso e outras –, assumimos um papel de grande evidência.
O que isso significa? Significa que alguns vícios de fala que temos no nosso dia a dia adquirem uma proporção muito maior, justamente porque estamos sendo observados e ouvidos com mais atenção.
Vícios de fala podem influenciar negativamente a comunicação: não só o conteúdo que transmitimos, mas a imagem que nós passamos às pessoas.
Será que você tem algum vício desse tipo? Caso sim, o que fazer para evitá-los?
Siga a leitura até o final e informe-se!
Vícios da fala: quais são os mais comuns?
Vícios da fala são vícios de linguagem característicos da expressão oral, isto é, aqueles vícios que acontecem enquanto falamos. Alguns dos mais comuns são:
– Barbarismos: esse tipo de vício está ligado à pronúncia das palavras. É provável que você já tenha visto algum meme com exemplos: “pobrema”, “iorgute”, “mortandela”. Em apresentações em público ou situações similares, os barbarismos ficam evidentes.
– Solecismo: são, sobretudo, erros de concordância ou regência. Dizer “fazem três meses” no lugar de “faz três meses” é um exemplo. Outro é “houveram pessoas que”. É importante conhecer a forma correta e utilizá-la.
– Repetição de palavras: terminar todas as frases com “né?”, ou começar todas as frases com “e aí”, repetir “tipo”, “ok”, “então” e tantas outras possibilidades são exemplos comuns desse vício da fala.
Como saber se você tem algum vício na sua fala?
Antes de responder a essa pergunta, é importante esclarecer que, na linguagem oral, há mais flexibilidade na aceitação dos chamados vícios de linguagem. Sem falar, ainda, nas influências culturais e outros tantos fatores ligados à língua, que é dinâmica.
Contudo, para profissionais que têm que lidar com situações de exposição de fala (líderes e gestores, por exemplo), é preciso considerar que as pessoas julgam umas às outras pela maneira como falam, como se comunicam.
Quanto a isso, nesses cenários específicos e em alguns outros, os vícios de linguagem podem interferir negativamente na imagem profissional e na relação de confiança que se deseja criar com a audiência.
Voltando à nossa pergunta: como saber se você tem um vício de linguagem? Aconselho três alternativas:
- Grave-se em vídeo e analise a sua comunicação, prestando atenção se há algum padrão e se ele é vicioso ou não é;
- Peça um feedback sincero a alguém em quem confia (e que entende, ainda que minimamente, de comunicação);
- Faça um treinamento em oratória. Nele, você será analisado por um especialista e poderá identificar se há vícios e no quanto interferem na sua imagem.
O que fazer para evitar esse problema em suas apresentações?
Agora que você já viu o que são vícios de fala, é importante saber como superá-los e evitá-los em apresentações. Veja:
- Identifique o problema
Utilize um (ou mais) dos três passos que eu citei no tópico anterior para descobrir se você tem algum vício de fala e qual é ele.
- Planeje a transição das informações
Os vícios de fala costumam aparecer quando o comunicador sente que precisa de uma pausa, especialmente nas transições entre um tópico e outro. Se você planejar essas transições, diminuirá as chances de que esses vícios apareçam.
- Pratique
A melhor forma de lapidar sua comunicação é praticando. Se você tem um evento próximo, como uma entrevista ou um discurso, dedique-se ao máximo para se planejar e para praticar a sua performance.
Uma boa ideia é fazer isso em frente a uma câmera, mesmo que o evento seja presencial. Grave a si mesmo enquanto fala e utilize esse material para analisar o que precisa ser melhorado, incluindo, claro, os vícios da fala.