Speaker! Tudo bem?
Por muito tempo, era muito clara a distinção entre atividades presenciais e à distância, certo? Se pensarmos, por exemplo, nos cursos universitários, vemos que eles são (ou eram) divididos em duas modalidades bem definidas: aquela à distância (EAD) e a presencial.
Pois bem, para entender o conceito de blended learning, é interessante saber que ele se relaciona um pouco à noção do que é presencial e o que não é, significando, em suma, a mescla entre offline e online nos processos de aprendizagem – tanto em ambientes essencialmente educacionais (escolas, universidades) quanto em ambientes profissionais (empresas e outras organizações).
Em outras palavras, o blended learning – ou b-learning – é uma nova forma de produzir e compartilhar conhecimento, considerando o enorme papel tecnológico nesse processo e logrando mesclar atividades práticas e teóricas.
No que se refere ao âmbito corporativo, por sua vez, as empresas já entenderam o papel do online em seu cotidiano e, mais que isso, valorizam e requisitam a inteligência emocional como chave para a união entre tecnologia e atividade humana.
Justamente nesse sentido, a comunicação tem um papel muito importante. Os motivos? Ela é um dos principais aspectos (senão o principal) que garantem o equilíbrio entre o que é presencial e o que é à distância, o que é o uso das tecnologias e o que deve ser interação social.
Em um dia a dia cada vez mais tecnológico, a comunicação interpessoal tem sido uma preocupação cada vez maior e, por isso mesmo, é considerada uma das soft skills, as “habilidades do futuro”. Neste artigo, vou falar um pouco mais sobre isso, sobretudo, destacando a relação entre b-learning e comunicação. Boa leitura!
Mas, o que é blended learning exatamente?
Uma rápida busca na web pode mostrar que o conceito de blended learning ainda não é de todo uníssono. Ou seja: há mais de uma definição, cada qual pensada para ser aplicada em um determinado contexto.
No entanto, se nos debruçarmos sobre essas tentas definições, veremos que praticamente todas se referem a uma modalidade de ensino e de trabalho que combina metodologias ativas e uma cultura de inovação. Por inovação, entende-se, principalmente, a inovação tecnológica e seus vários ramos.
Nesse sistema, atividades práticas ganham um papel cada vez maior e o uso de tecnologias deixa de ser coadjuvante (ou mesmo um vilão, como era no passado) e passa a ser protagonista, tanto na criação como na transmissão de conhecimentos e informações.
Quando eu digo que a tecnologia era uma espécie de “vilã” nos processos de aprendizagem, me refiro ao fato de que tanto escolas, quanto universidades e empresas passaram (e algumas ainda passam) por um período no qual a tecnologia era vista como um inibidor do pensamento lógico. Um bom exemplo é o uso de calculadoras por crianças: no sistema tradicional, por assim dizer, esses facilitadores não eram utilizados, com a desculpa de que os alunos e alunas precisariam aprender a pensar por si mesmos.
No blended learning, por sua vez, o fato de as tecnologias serem, em grande parte dos casos, facilitadores não é visto como algo ruim, pelo contrário. As experiências práticas têm uma importância fundamental e, mais que isso, se considera que as habilidades do futuro não são as mesmas que as de tempos atrás, o que leva, portanto, à necessidade de alterar a forma como ensinamos, aprendemos e trabalhamos. Incluindo, em tudo isso, a presença constante da tecnologia, da web, do online.
Para resumir: o b-learning é uma combinação entre elementos offline (presencial) e online (tecnológico). O professor e o líder deixam de ser aqueles indivíduos que têm todo o conhecimento e o transmitem de forma unilateral e, no blended learning, passam a atuar como mentores, como facilitadores do aprendizado e do trabalho em si.
E qual o papel da interação pessoal em meio a tanta tecnologia?
Ao nos depararmos sobre as definições de b-learning, podemos ter a falsa ideia de que, nesse novo sistema de aprendizado, as interações sociais – ou, em outras palavras, a comunicação interpessoal – deixam de ser importantes. Mas, como eu disse, essa ideia não é apenas falsa, como vem de encontro ao que acontece realmente.
A interação entre pessoas e tecnologias é o que compõe em grande parte a etapa online do sistema b-learning. E essa interação, como você sabe, é muito mais simples, quase intuitiva. As máquinas recebem um comando e o cumprem. Simples. O que acontece é que a etapa online é apenas uma parte desse aprendizado, já que há, também, a chamada etapa presencial, que inclui a relação entre pessoas.
À medida que a presença das tecnologias se torna maior, mais difícil é encarar outros tipos de interações, que são muito mais complexas. Por isso mesmo, a necessidade de saber se comunicar com os outros está no cerne no b-learning. Ou seja: é indispensável, sim, saber lidar com tecnologias e tudo o que é online. Mas, da mesma forma, é de suma importância interagir com os demais e tirar, dessa interação, o melhor possível.
Tudo isso caminha para o seguinte cenário: aquele no qual a inteligência tecnológica precisa andar lado a lado com a inteligência emocional, incluindo a habilidade de ouvir os outros, de sentir empatia, de conseguir expressar ideias e sentimentos, controlar reações e gerenciar crises. Em suma: todas as habilidades da comunicação.
No b-learning, a interação social não é deixada de lado, pelo contrário. Essa forma de ensino e aprendizagem tem um dinamismo muito maior, que valoriza as interações entre alunos e professores, entre líderes e liderados, colocando todos num patamar similar, no qual a produção de conhecimento é sempre compartilhada.
Por isso mesmo, quando falamos sobre oratória, sobre o poder de falar bem em público, sempre ressaltamos que essas competências têm, hoje, um peso gigantesco. Inseridas no grupo das chamadas “soft skills”, as habilidades de comunicação são um requisito para todos os profissionais. Por essa razão, investir no modo como nos comunicamos com os demais é nos prepararmos para as mudanças que já estão vivas aos nossos olhos! Não se esqueça disso!
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